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DHS Fêmur: Um Guia Abrangente para Cirurgiões Ortopédicos

A osteosíntese da haste intramedular fixada distalmente (DHS) é uma técnica cirúrgica amplamente utilizada para o tratamento de fraturas diafisárias do fêmur. Este artigo visa fornecer um guia abrangente para cirurgiões ortopédicos sobre os aspectos anatômicos, técnicas cirúrgicas e complicações associadas à DHS fêmur.

Anatomia Relevante

O conhecimento da anatomia do fêmur é crucial para uma DHS bem-sucedida. O fêmur é o osso mais longo e mais forte do corpo humano, compreendendo o corpo, cauda e cabeça. O corpo do fêmur tem uma seção triangular e duas linhas ásperas ao longo de seus aspectos ânterolateral e medial. A artéria femoral corre profundamente à linha áspera medial, enquanto o nervo femoral passa superiormente à linha áspera anterior. A veia femoral está localizada entre a artéria e o nervo.

Fig. 1: Anatomia do Fêmur (Fonte: Kenhub)

dhs femur


Técnicas Cirúrgicas

A DHS fêmur geralmente é realizada sob anestesia geral. O paciente é posicionado em decúbito dorsal com uma mesa ortopédica. A seguir estão as principais etapas da DHS fêmur:

  1. Incisão: Uma incisão longitudinal é feita sobre o aspecto lateral da coxa, lateralmente ao trato iliotibial.

  2. Exposição: A fáscia lata é dividida e o músculo vasto lateral é deslocado para expor a diáfise do fêmur.

  3. Preparo do Canal Intramedullar: Um fio-guia é inserido no canal medular através da apófise do trocânter menor. O canal é então alargado usando brocas de perfuração de diâmetro crescente.

  4. Inserção da Haste: A haste DHS é inserida no canal medular e avançada distalmente até seu comprimento apropriado.

    DHS Fêmur: Um Guia Abrangente para Cirurgiões Ortopédicos

  5. Fixação Distal: Os parafusos de travamento são inseridos através da haste e no córtex fêmur distal para fornecer fixação estática.

  6. Fixação Proximal: Os parafusos de travamento adicionais são inseridos proximalmente na haste para aprimorar a estabilidade rotacional.

Fig. 2: Técnica Cirúrgica de DHS Fêmur (Fonte: Journal of Bone and Joint Surgery)


Complicações

Embora geralmente seja um procedimento seguro, a DHS fêmur pode estar associada a algumas complicações, incluindo:

  • Infecção: A infecção pós-operatória é uma complicação rara, mas séria, que pode exigir a remoção da haste.

  • Lesão do nervo: O nervo femoral e o nervo isquiático estão em risco de lesão durante a cirurgia.

  • Pseudoartrose: A falha na consolidação óssea pode ocorrer se a haste não for posicionada corretamente ou se houver infecção.

    osteosíntese da haste intramedular fixada distalmente (DHS)

  • Fratura da haste: Fraturas da haste podem ocorrer devido a sobrecarga excessiva ou uso inadequado de implantes defeituosos.

Estratégias Eficazes

Para minimizar o risco de complicações e melhorar os resultados, as seguintes estratégias são recomendadas:

  • Seleção cuidadosa do paciente: Os pacientes devem ser adequadamente avaliados quanto à sua condição geral de saúde, anatomia fêmur e potencial de cura.

  • Técnica cirúrgica meticulosa: A técnica cirúrgica deve ser realizada com cuidado e atenção aos detalhes para evitar lesões aos tecidos moles e estruturas neurovasculares.

  • Uso de implantes de alta qualidade: Os implantes de alta qualidade, fabricados por empresas confiáveis, devem ser usados para garantir durabilidade e desempenho ideal.

  • Pós-operatório cuidadoso: Os pacientes devem ser monitorados de perto no pós-operatório para detectar quaisquer sinais de infecção ou outras complicações.

Dicas e Truques

  • Para evitar a lesão do nervo femoral, a incisão deve ser feita lateralmente ao trato iliotibial.

  • Ao inserir a haste, é importante garantir que ela esteja adequadamente alinhada com o eixo do fêmur.

  • O uso de uma broca de perfuração estriada pode ajudar a melhorar a fixação da haste no canal medular.

  • Para minimizar o risco de pseudoartrose, é essencial que a haste seja inserida com o comprimento e a rotação corretos.

Histórias Interessantes

História 1:

Um cirurgião ortopédico veterano orgulhava-se de sua habilidade em realizar DHS fêmur. Durante uma cirurgia particularmente complexa, ele inseriu a haste muito profundamente, resultando em um momento de constrangimento quando ela perfurou o osso e saiu pelo lado oposto da coxa do paciente.

O que aprendemos: Atenção aos detalhes e cuidado são essenciais, mesmo para cirurgiões experientes.

História 2:

Um jovem cirurgião, animado para mostrar suas habilidades, inseriu a haste na posição oposta, criando uma "fratura em S" no fêmur do paciente.

O que aprendemos: A prática leva à perfeição, e é aconselhável ter um mentor experiente para orientação.

História 3:

Um cirurgião ortopédico distraído foi interrompido durante uma cirurgia por uma chamada telefônica importante. Ele atendeu ao telefone e, enquanto conversava animadamente, inadvertidamente inseriu a haste no fêmur errado.

O que aprendemos: É crucial manter o foco durante a cirurgia e minimizar as distrações.

Tabelas Úteis

Tabela 1: Tamanhos de Haste DHS Recomendados

Comprimento da Haste (mm) Diâmetro do Canal Medular (mm)
320-400 10-12
400-480 12-14
480-560 14-16


Tabela 2: Complicações Potenciais da DHS Fêmur

Complicação Incidência
Infecção
Lesão do nervo
Pseudoartrose 5-10%
Fratura da haste 2-5%


Tabela 3: Estratégias para Minimizar Complicações

Estratégia Importância
Seleção cuidadosa do paciente Evita pacientes de alto risco
Técnica cirúrgica meticulosa Garante posicionamento e alinhamento adequados
Uso de implantes de alta qualidade Reduz o risco de falha mecânica
Pós-operatório cuidadoso Detecta e trata complicações precocemente

Chamada para Ação

A DHS fêmur é uma técnica cirúrgica valiosa para o tratamento de fraturas diafisárias do fêmur. Ao compreender os aspectos anatômicos, dominando as técnicas cirúrgicas e seguindo estratégias eficazes, os cirurgiões ortopédicos podem melhorar os resultados dos pacientes e minimizar o risco de complicações.

Time:2024-08-20 14:34:35 UTC

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