Gestão do sangue do paciente: um novo paradigma para cirurgias mais seguras e econômicas

Introdução
A gestão do sangue do paciente (PBM) é uma abordagem multidisciplinar que visa otimizar o uso do sangue durante todo o perioperatório, reduzindo a necessidade de transfusões e melhorando os resultados do paciente. Ao adotar a PBM, os hospitais podem melhorar a segurança do paciente, reduzir custos e garantir um melhor atendimento.

O impacto das transfusões sanguíneas
As transfusões sanguíneas são procedimentos comuns, porém, não isentos de riscos. Elas podem transmitir doenças, causar reações alérgicas e comprometer o sistema imunológico. Além disso, o sangue é um recurso limitado e caro, o que torna essencial seu uso racional.

Os benefícios da PBM
A PBM oferece inúmeros benefícios para os pacientes, incluindo:

• Redução do risco de transfusões: A PBM visa identificar e tratar condições que podem causar anemia e perda de sangue, reduzindo assim a necessidade de transfusões.
• Melhora dos resultados do paciente: Estudos mostram que os pacientes que recebem PBM têm menores taxas de complicações, menor tempo de internação e melhor qualidade de vida.
• Economia de custos: A PBM reduz os custos associados a transfusões de sangue, como taxas de coleta, armazenamento e administração.

Como implementar a PBM
A implementação da PBM envolve uma equipe multidisciplinar que inclui cirurgiões, anestesistas, enfermeiros e especialistas em medicina transfusional. O processo envolve as seguintes etapas:

• Avaliação pré-operatória: Identificação de fatores de risco para anemia e perda de sangue, como idade, histórico médico e uso de medicamentos.
• Otimização pré-operatória: Correção da anemia, controle da coagulação e redução de fatores de risco modificáveis.
• Gestão perioperatória: Uso de técnicas para minimizar a perda de sangue durante a cirurgia e otimizar a transfusão.
• Gestão pós-operatória: Monitoramento da hemoglobina, identificação e tratamento precoce de complicações hemorrágicas.

Tabela 1: Benefícios da PBM

Dicas e truques para uma PBM eficaz

• Use hemoglobina como guia: Transfunda apenas quando a hemoglobina cair abaixo de um nível predeterminado.
• Considere transfusões autólogo: Use seu próprio sangue para transfusões, se possível.
• Utilize técnicas de hemostasia: Use dispositivos como pinças, eletrocautério e selantes para minimizar o sangramento.
• Recupere e reinfunda: Coletar e reinfundir sangue perdido durante a cirurgia pode reduzir a necessidade de transfusões.

Histórias inspiradoras
* O paciente que evitou uma transfusão: Um paciente com anemia severa foi submetido a uma PBM rigorosa antes da cirurgia. A equipe cirúrgica otimizou seus níveis de hemoglobina e utilizou técnicas de hemostasia eficazes. Como resultado, o paciente não precisou de transfusão e teve uma recuperação rápida.
* O hospital que reduziu custos e melhorou a segurança: Um hospital que adotou a PBM reduziu suas taxas de transfusão em 30%. Isso não apenas economizou milhões de reais, mas também melhorou a segurança do paciente ao reduzir o risco de complicações relacionadas à transfusão.
* O cirurgião que mudou sua prática: Um cirurgião cético inicialmente sobre a PBM ficou convencido após testemunhar seus benefícios em primeira mão. Ele mudou sua prática e agora é um defensor da PBM, acreditando que ela melhora os resultados do paciente e economiza custos.

Erros comuns a evitar

• Transfundir desnecessariamente: Transfundir pacientes com hemoglobina acima dos níveis recomendados pode aumentar o risco de complicações.
• Focar apenas no perioperatório: A PBM abrange todo o ciclo perioperatório, incluindo a avaliação pré-operatória e a gestão pós-operatória.
• Ignorar o treinamento da equipe: É essencial treinar toda a equipe envolvida na PBM para garantir práticas consistentes e seguras.

Tabela 2: Custos associados a transfusões

Conclusão
A PBM é uma abordagem essencial para melhorar a segurança do paciente, reduzir custos e garantir um melhor atendimento cirúrgico. Ao adotar a PBM, os hospitais podem fornecer cuidados de alta qualidade, otimizar recursos e contribuir para um sistema de saúde mais eficiente e eficaz.

Tabela 3: Diretrizes da PBM